nos meus joelhos, deixa-me alisar-te,
ó amável bichinho, o pêlo fino;
depois, a contra-pêlo, provocar-te!
Se eu pudesse juntar no mesmo fio
(infinito colar!) cada arrepio
que aos viajeiros comprazidos dedos
fizesse descobrir novos enredos!
Se eu pudesse fechar-te nesta mão,
tecedeira fiel de tantas linhas,
de vtanto enredo imaginário, vão,
e incitar alguém: - Vê se advinhas…
Então um
fértil jogo amor seria.
Não este
descerrar a mão vazia!
ALEXANDRE O’NEILL (1924 – 1986) Poesias Completas (introdução e
organização de Miguel Tamen)
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